Nasceu três anos antes da o2, mas cresceu junto com a produtora, indo a sets de filmagem desde que pode se lembrar. O estúdio em Cotia era praticamente um parque de diversões com as suas tapadeiras, objetos e equipes de filmagem. No vestibular ficou em dúvida entre matemática ou história, mas fazendo as contas preferiu contar histórias, então acabou mesmo estudando audiovisual na ECA-USP.
Toda vez que lê um roteiro pela primeira vez fica apavorado por não ter a menor ideia de como fazer. E é no desequilíbrio, nesse frio na barriga, que está grande parte da graça. Mas para o Quico, na verdade, a maior beleza de ser diretor é poder escolher a equipe com quem vai trabalhar. Ele acredita piamente que cinema é uma arte em grupo e no processo que o filme se revela. Pelo menos nos últimos 15 anos tem sido assim. Ele também nunca se cansa de assistir em primeira mão atores, câmera, luzes e mundo ao redor fazerem a sua magia num take perfeito.
Gosta de contar histórias longas ou curtas, com cliente ou sem. Acha graça nas que tem um produto pois são ideias que ele não teria sozinho, então tentar pensar com a cabeça do outro é sempre um desafio interessante. Mais uma vez a coisa de fazer junto bate forte.
Ganhou uns prêmios por aí com comerciais, curtas e séries, mas muito melhor que os troféus é fazer filmes que marquem as pessoas ou as transforme de algum jeito. Quando isso dá certo, aí é o bicho!