O2CAST #66 – CARLOS SEGUNDO
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4 de agosto de 2021
O2Cast é o podcast da O2 Filmes e traz toda semana convidados para debater assuntos ligados à produção audiovisual.
Abrindo horizontes do cinema nacional, O2Cast 66 apresenta o diretor, roteirista, fotógrafo e montador Carlos Segundo, que participou do Festival de Cannes com seu curta Sideral.
O diretor realizou mais de 15 produções entre curtas e longas e já os apresentou em mais de 250 festivais nacionais e internacionais. No dia 4 de agosto, seu longa Fendas terá estreia internacional em salas de cinema da França, devendo proximamente ser apresentado ao público brasileiro.
O diretor compartilhou sua trajetória desde a periferia de Uberlândia, o período de professor de matemática, a experiência internacional como trabalhador, o retorno ao Brasil, quando interessou-se pelo cinema após fazer em Uberlândia, em 2004/2005, um curso de tecnólogo. Contou que desde 2007 assumiu o compromisso de realizar uma produção por ano, ciente de que o exercício do fazer é na verdade o exercício de aprender e desenvolver. Com mestrado e doutorado em cinema, candidatou-se ao cargo de professor de direção e fotografia na UFRN. Em Natal realizou o longa Fendas e o curta Sideral.
Desde 2012 participa de festivais internacionais e estabeleceu parceria com uma produtora francesa que co-produz os projetos que apresenta. O curta ficcional Sideral aborda a primeiro lançamento de um foguete tripulado brasileiro, servindo de pano de fundo para discutir de forma atemporal a situação feminina, o machismo e o patriarcalismo. Este trabalho foi viabilizado com a utilização de recursos com a Lei Aldir Blanc o que permitiu a remuneração da equipe.
Fred Tariki, assistente de direção freelancer e colaborador da O2, conduziu a conversa e levou o diretor a comentar 3 de seus filmes anteriores: Balança Brasil, Conection Munique e Dorsal, onde encontrou muita inventividade, poesia visual, realismo, originalidade e fantasia. Fred também abordou a construção sonora musical marcante dos filmes.
Carlos Segundo contou que na volta de Cannes retomou a conclusão do documentário que co-dirige com seu sócio de Uberlândia, Cristiano Barbosa, sobre a Igreja do Espírito Santo do Cerrado, obra da arquiteta Lina Bo Bardi e dos roteiros que escreve.
Sobre a produção audiovisual nacional o diretor chama atenção para o que vem sendo produzido fora dos radares consolidados, lembrando que a falta de recursos é o grande impeditivo. E lembra que o importante “não é onde a gente está, mas sim de onde a gente veio”.
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