O2Cast é o podcast da O2 Filmes e traz toda semana convidados para debater assuntos ligados à produção audiovisual.

Wagner Moura, diretor de Marighella, conversa sobre o longa com o diretor de fotografia e diretor Cesar Charlone, nesta edição do O2Cast. Juntos identificam traços culturais do Brasil de deixar de lado personagens e acontecimentos, ignorando e esquecendo a historia, falam da importância do filme e das dificuldades e resistências à exibição do longa ao público brasileiro num tempo em que é necessário valorizar a democracia, a cultura e o mundo livre.

O diretor relembra que iniciou seu envolvimento com este projeto em novembro de 2013 ao lado do roteirista Felipe Braga, das filmagens só realizadas em 2017, da satisfação pelo elenco que reuniu, da equipe instigante que o acompanhou, superando temores e ameaças, da parceria com o fotógrado Adrian Teijido e do apoio e empenho dos produtores durante todo este tempo.

O filme estreou internacionalmente no festival de Berlim em 2019, ovacionado pelo público, percorrendo festivais e sendo premiado. No Brasil uma série de medidas burocráticas, dentro do espirito antiprogressista vigente, impediram sua estreia. Quando seus produtores optaram por fazer um lançamento independente, a pandemia fechou os cinemas e paralisou a vida cultural.

O longa, produzido pela O2 Filmes com coprodução da Globo Filmes e Maria da Fé, chega aos cinemas em 4 de novembro próximo e conta a historia de Carlos Marighella, líder de um dos maiores movimentos de resistência contra ditadura militar no Brasil, nos anos 1960, quando em todo o mundo há focos de luta pela liberdade e por justiça. Wagner e Cesar conversam sobre a América Latina como a região de maior desigualdade social do mundo e a forte resistência pela luta por uma sociedade mais justa e equilibrada. Wagner fala do futuro que acredita para o Brasil, com seus alicerces em sua biodiversidade o respeito aos povos indígenas e sermos um país imenso que recebe pessoas de todos os lugares e fala uma única língua. Cesar salienta o papel dos africanos saudando que Marighella é afro brasileiro e também poeta, o que faz sua resistência ser ainda mais  popular.

Os diretores ainda relembram seus encontros anteriores como numa filmagem para um longa de Spike Lee sobre o Brasil e no primeiro curta do diretor Daniel Resende, onde ambos atuam. Concluem falando de seus próximos projetos e sobre o lado acolhedor da O2 Filmes. Wagner compartilha que seu filme só existe pela robustez da produtora que “segurou a onda”.

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