O2CAST #91 – THE BRAZILIAN FILMMAKERS COLLECTIVE E O MERCADO DO CINEMA NO EXTERIOR
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9 de março de 2022
O2Cast é o podcast da O2 Filmes e traz toda semana convidados para debater assuntos ligados à produção audiovisual.
A edição 91 do O2Cast é conduzida pela diretora e filmmaker Luiza de Moraes, brasileira que reside na Califórnia, formada em literatura inglesa, realizadora de documentários e diretora de publicidade, atuante pela O2 Filmes. Os convidados são integrantes do The Brazilian Filmmakers Collective que foi lançado fevereiro de 2022.
O coletivo apadrinhado por nomes como Fernando Meirelles e Ramin Bahrani, objetiva criar um hub para cineastas brasileiros que vivem e trabalham no exterior como forma de compartilhar recursos e oportunidades de promover enriquecimento criativo. Para contar sobre o lançamento do Coletivo e conversar sobre o mercado de cinema no exterior participam desta edição Alexandre Moratto, diretor dos filmes Sócrates e Sete Prisioneiros, Tania Cypriano, diretora e co-produtora de Born to Be, e a diretora, roteirista e produtora Moara Passoni, que realizou Êxtase, todos residentes nos Estados Unidos.
Alex Moratto contou como nasceu o Coletivo que envolve profissionais brasileiros que atuam com audiovisual fora do Brasil e que tem como ponto comum o mergulho no mercado americano com trabalhos de temas sociais, desenvolvidos de maneiras muito contemporâneas e que se conectam pelas suas realizações.
Nas conversas sobre diferenças culturais nesses mercados transparecem colocações dos membros do coletivo sobre trasnacionalismos, a concepção de um mercado internacional, o conceito de uma terceira cultura (produto hibrido das sociedades americana e brasileira), a comunidade de pessoas semelhantes, as preocupações com a necessidade de inclusão com o reconhecimento da produção das mulheres, dos negros e da comunidade LGBTQI+ e, a necessidade da visão internacional nas produções que realizam para que sejam compreendidos fora do mercado brasileiro.
Os diretores abordaram também as questões de tolerância, falaram dos cuidados para que as produções sejam entendíveis pelo público internacional. Também conversaram sobre pontos negativos e positivos relativos às produções realizadas no Brasil e nos Estados Unidos, ressaltando as diferenças provenientes das origem do capital financiador, entre os interesses de investidores privados e as verbas públicas destinadas ao incentivo de produções culturais, experimentais e obras de iniciantes.
Entusiasmados pelas possibilidades a que o The Brazilian Filmmakers Collective se propõe, os diretores integrantes manifestaram suas expectativas pela colaboração, incentivo, apoio e espaço seguro para a criação. Para Moara Passoni “não existe ninguém com uma chave, você tem que abrir as portas para fazer seu filme e ocupar seu espaço”.
Vida longa para The Brazilian Filmmakers Collective!!!
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