O2Cast é o podcast da O2 Filmes e traz toda semana convidados para debater assuntos ligados à produção audiovisual.

O convidado deste episódio é o diretor Philippe Barcinski abordando seu mais recente trabalho – a série de 8 episódios da GloboPlay, Rota 66: A Polícia que Mata, baseada num original de Caco Barcelos de 1992, focalizando violentas ações policiais na periferia paulistana.

O diretor fala de sua formação, seu interesse pelo cinema desde sua primeira experiência como estagiário de direção aos 14 anos no longa Leila Diniz do diretor Luis Carlos Lacerda, os cursos de cinema, trabalhos para a televisão como o período na MTV, na TV Cultura, a repercussão e acolhida aos seus primeiros curtas realizados ainda na universidade. Lembra sua passagem pela O2 Filmes onde realizou Palíndromo que estreou no Festival de Berlim,

Janela Aberta que concorreu em Cannes, o trabalho na série Cidade dos Homens com direção geral de Paulo Morelli e seu primeiro longa Não por acaso, produzido pela produtora com os atores Rodrigo Santoro, Letícia Sabatella e Leonardo Medeiros, em 2007.

Na conversa conduzida por Tais Okamura, colaboradora independente do departamento de Pré Produção da O2 Filmes, o diretor conta sobre seu trabalho voltado para a televisão e a realização de séries como Que Monstro Te Mordeu?, com direção geral de Cao Hamburger, as experiências marcantes de direção nas novelas da TV Globo: O Velho Chico com direção artística de Luis Fernando de Carvalho e Amor de Mãe do diretor José Luiz Villamarim.

Barcinski comenta também sobre as séries 3%, que dirigiu na segunda temporada, e Carcereiros, antes de assumir a direção artística da série Rota 66 – com pesquisa e roteiros de Theo Popovic e Maria Camargo. O livro original mostra casos não focalizados pela grande mídia sobre a violência policial e conferiu ao jornalista Caco Barcelos prêmios e reconhecimento. O diretor conta sobre os desafios da adaptação narrativa da série agregando a vida do jornalista, as emoções das vítimas e familiares e a jornada dos policiais envolvidos. 

Philippe destaca a dramaturgia e o elenco como os grandes trunfos da série. As filmagens foram realizadas entre 2021 e 2022 em 50 diárias corridas durante a pandemia e ocorreram em cenários montados num galpão na Mooca e locações que preservam ainda a ambientação do período de ocorrência dos fatos. Cenas de perseguição policial com carros de época exigiram atenção da produção.

O trabalho do parceiro e montador Vinicius Martins é destacado pelo diretor. A série mescla cenas jornalísticas reais aquelas filmadas e também apresenta valiosa pesquisa musical. A boa recepção pela crítica e público demonstra que o enfoque humanista da série foi entendido num trabalho que focaliza vítimas e justiceiros sem fazer espetacularização da morte. 

O desenvolvimento de novos projetos num mercado em fase de retração conclui a conversa.

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